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Fraudes em montadoras de veículos estão só começando
Publicado em 28/04/2016 , por EDUARDO SODRÉ
Ao admitir ter manipulado no Japão testes de consumo desde 1991, a Mitsubishi comprova que problemas com fraudes em emissões não são exclusividade do grupo Volkswagen. E deve vir mais por aí.
Por enquanto, a empresa japonesa diz que os modelos atingidos são vendidos somente no país-sede, atendendo a uma especificidade local. São os "kei cars", microcarros urbanos que recebem benefícios fiscais. Em comum com a VW, há o provável motivo da fraude: impossibilidade de atender as normas vigentes diante dos custos envolvidos.
Um motor acompanha duas ou mais gerações de um carro, permanecendo em produção por cerca de 20 anos. Nesse período, passa por atualizações para ganhar eficiência e atender a novas etapas de programas antipoluição. Os veículos também passam por mudanças em carroceria, pneus etc. Tudo para reduzir o consumo.
Porém, cada pequeno avanço é contabilizado em milhões de dólares, e as datas estipuladas para que uma nova fase de programas de controle de CO (gás carbônico) entre em vigor não mudam diante de crises globais ou queda nas vendas.
Em 2014, a Europa estipulou uma diminuição radical nas emissões para 2020. As metas seriam ainda mais estreitas caso a Alemanha, que tem na indústria automotiva um dos pilares de sua economia, não tivesse feito lobby por regras menos duras.
As montadoras precisam correr contra o tempo e torcer para que nenhum problema atinja o setor nesse período.
Daí vem as adulterações. Fabricantes tentam fazer carros globais e amortizar custos, driblando crises aqui e acolá. Mas há diferentes exigências ambientais mundo afora. Por exemplo: o motor 1.6 flex pode atender à norma brasileira, mas está defasado diante das regras americanas.
Embora imoral e ilegal, a fraude custa menos. Um software que difere um teste em laboratório do uso real não terá impacto sobre o custo de produção do carro, diferentemente do que aconteceria caso milhões de automóveis tivessem de ter seus motores profundamente modernizados ou até eletrificados.
As montadoras correram um risco ao tentar burlar as normas, e contaram com a ajuda de fornecedores para isso. Esse é o motivo de os escândalos estarem prestes a atingir outras marcas além de Mitsubishi e Volkswagen.
Um mesmo componente ou padrão irregular de medições pode ter sido adotado por outras empresas. É apenas o início dos escândalos em série.
Por enquanto, a empresa japonesa diz que os modelos atingidos são vendidos somente no país-sede, atendendo a uma especificidade local. São os "kei cars", microcarros urbanos que recebem benefícios fiscais. Em comum com a VW, há o provável motivo da fraude: impossibilidade de atender as normas vigentes diante dos custos envolvidos.
Um motor acompanha duas ou mais gerações de um carro, permanecendo em produção por cerca de 20 anos. Nesse período, passa por atualizações para ganhar eficiência e atender a novas etapas de programas antipoluição. Os veículos também passam por mudanças em carroceria, pneus etc. Tudo para reduzir o consumo.
Porém, cada pequeno avanço é contabilizado em milhões de dólares, e as datas estipuladas para que uma nova fase de programas de controle de CO (gás carbônico) entre em vigor não mudam diante de crises globais ou queda nas vendas.
Em 2014, a Europa estipulou uma diminuição radical nas emissões para 2020. As metas seriam ainda mais estreitas caso a Alemanha, que tem na indústria automotiva um dos pilares de sua economia, não tivesse feito lobby por regras menos duras.
As montadoras precisam correr contra o tempo e torcer para que nenhum problema atinja o setor nesse período.
Daí vem as adulterações. Fabricantes tentam fazer carros globais e amortizar custos, driblando crises aqui e acolá. Mas há diferentes exigências ambientais mundo afora. Por exemplo: o motor 1.6 flex pode atender à norma brasileira, mas está defasado diante das regras americanas.
Embora imoral e ilegal, a fraude custa menos. Um software que difere um teste em laboratório do uso real não terá impacto sobre o custo de produção do carro, diferentemente do que aconteceria caso milhões de automóveis tivessem de ter seus motores profundamente modernizados ou até eletrificados.
As montadoras correram um risco ao tentar burlar as normas, e contaram com a ajuda de fornecedores para isso. Esse é o motivo de os escândalos estarem prestes a atingir outras marcas além de Mitsubishi e Volkswagen.
Um mesmo componente ou padrão irregular de medições pode ter sido adotado por outras empresas. É apenas o início dos escândalos em série.
Fonte: Folha Online - 27/04/2016
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