Passagem aérea e gasolina aliviam IPCA de maio; brasileiros gastaram mais com alimentação e bebidas
Publicado em 11/06/2025

Segundo dados do IBGE, 15 das 16 regiões analisadas registraram altas de preços; o resultado mais brando foi verificado em Rio Branco
Dois dos nove grupos que integram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registraram deflação em maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os recuos ocorreram em Transportes (queda de 0,37%, impacto de -0,08 ponto porcentual) e Artigos de Residência (-0,27%, impacto de -0,01 ponto porcentual).
Na direção oposta, os preços subiram em Habitação (com aumento de 1,19%, uma contribuição de 0,18 ponto porcentual para o IPCA do mês), Educação (0,05%, impacto de 0,00 p.p.), Alimentação e Bebidas (0,17%, impacto de 0,04 p.p.), Despesas Pessoais (0,35%, impacto de 0,04 p.p.), Saúde e Cuidados Pessoais (0,54%, impacto de 0,07 p.p.), Comunicação (0,07%, impacto de 0,00 ponto porcentual) e Vestuário (0,41%, impacto de 0,02 ponto porcentual).
Em maio, 15 das 16 regiões investigadas pelo IBGE registraram altas de preços. O resultado mais brando foi verificado em Rio Branco, a única estabilidade (0,00%), enquanto o mais elevado ocorreu em Brasília, com aumento de 0,82%.
Famílias brasileiras gastaram mais com alimentação e bebidas pelo nono mês consecutivo
As famílias brasileiras gastaram mais com alimentação e bebidas em maio pelo nono mês consecutivo. O grupo Alimentação e bebidas acumulou uma alta de 7,33% nos 12 meses encerrados em maio. No mesmo período, a taxa registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 5,32%, segundo informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em maio, a alta acumulada em 12 meses no preço do café moído alcançou 82,24%, maior variação desde o início do Plano Real, em julho de 1994.
Segundo Fernando Gonçalves, gerente do IPCA no IBGE, o clima afetou a produção de café. “Afetou a produção inclusive em outros países produtores, houve escassez mundial. Já tem sinais de aumento na produção no campo, mas até chegar na ponta leva tempo”, lembrou Gonçalves. “Situação semelhante aconteceu com o chocolate. E também foi por conta de problemas de produção mundial (de cacau). Teve problema de quebra de safra em grandes países produtores, por efeitos climáticos. Tudo isso acabou trazendo pressão de alta no cacau “.
O grupo Alimentação e bebidas saiu de um avanço de 0,82% em abril para alta de 0,17% em maio, um impacto de 0,04 ponto porcentual sobre o IPCA do último mês. A alimentação no domicílio avançou 0,02% em maio. Houve quedas no tomate (-13,52%), arroz (-4,00%), ovo de galinha (-3,98%) e frutas (-1,67%). Entre as altas, os destaques foram a batata-inglesa (10,34%), cebola (10,28%), café moído (4,59%) e carnes (0,97%).
“Batata e cebola tiveram redução de oferta. Tomate teve aumento de oferta, assim como as frutas de uma forma geral”, disse Gonçalves, citando ainda uma melhora na oferta de arroz e de ovo no mercado doméstico. “Tudo isso acaba trazendo esse alívio para o bolso do consumidor.”
A alimentação fora do domicílio aumentou 0,58% em maio. O lanche subiu 0,51%, e a refeição fora de casa encareceu 0,64%. Segundo Gonçalves, os alimentos fora de casa subiram mais que os alimentos no domicílio porque sofrem pressão também de repasse de outros custos.
Passagens aéreas
A queda de 11,31% nas passagens aéreas exerceu a maior contribuição negativa individual sobre a inflação de maio, um impacto de -0,06 ponto porcentual para a taxa de 0,26% registrada no mês pelo IPCA. Na direção oposta, a principal pressão partiu da energia elétrica residencial, com alta de 3,62% e influência de 0,14 ponto porcentual.
Fonte: Jovem Pan - 10/06/2025
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